A mamografia é um dos exames preventivos mais importantes para a saúde feminina. O câncer de mama é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres e estudos mostram que 85% das pacientes que desenvolvem a doença não têm histórico familiar.
Por isso, a partir dos 40 anos, é fundamental incluir esse check-up entre os seus exames de rotina. Neste artigo, explicamos o que é a mamografia, quais são os preparativos para o exame e quais são os tipos mais comuns de análises que podem ser feitas para identificar doenças em estágio inicial.
Mamografia: o que é e como funciona o exame
A mamografia é um exame de imagem utilizado para detectar precocemente alterações nas mamas, especialmente câncer de mama. Durante o procedimento, a paciente posiciona a mama entre duas placas de um aparelho de raios X, que comprime levemente o tecido mamário para obter imagens mais nítidas.
As imagens resultantes, chamadas de mamogramas, são examinadas por radiologistas em busca de qualquer anomalia, como nódulos, calcificações ou outras alterações que possam indicar a presença de câncer.
O exame é essencial na prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama, proporcionando maior eficácia no tratamento e melhores perspectivas de recuperação. Recomenda-se que as mulheres realizem mamografias regularmente, especialmente após os 40 anos, como parte de uma estratégia abrangente de cuidados com a saúde mamária.
Preparativos para o exame de mamografia
Os preparos para a mamografia são geralmente simples, mas podem variar dependendo das instruções específicas do centro de imagem ou do profissional de saúde.
Para o exame de mamografia, é recomendado que a paciente vista uma roupa de duas peças, de preferência uma blusa e uma saia ou calça separada, para facilitar o acesso à região das mamas sem a necessidade de despir-se completamente.
Em alguns casos, é solicitado que a paciente evite o uso de desodorantes, antitranspirantes ou talcos na região das axilas e mamas no dia do exame. Isso ocorre porque alguns produtos podem interferir nas imagens.
Por fim, se houver suspeita ou confirmação de gravidez, é importante informar o profissional de saúde antes do exame, pois medidas adicionais podem ser necessárias para garantir a segurança da gestante.
Com que frequência a mamografia deve ser realizada?
Quanto à frequência dos exames de mamografia, as diretrizes podem variar de acordo com as organizações de saúde e as características individuais da paciente. Em muitos países, a recomendação geral para rastreamento de câncer de mama é a seguinte:
Para mulheres assintomáticas
Normalmente, inicia-se a mamografia de rastreamento por volta dos 40 anos. A frequência pode ser anual ou a cada dois anos, dependendo da orientação médica e das características individuais, como histórico familiar e fatores de risco.
Para mulheres de alto risco
Mulheres com histórico familiar significativo ou outros fatores de risco elevado podem ser orientadas a realizar a mamografia com maior frequência ou a iniciar o rastreamento em uma idade mais precoce.
É fundamental discutir com o médico as recomendações específicas para o seu caso, considerando fatores como histórico médico, idade e outros elementos que podem influenciar as decisões sobre o rastreamento do câncer de mama. O objetivo é personalizar o plano de triagem para garantir a detecção precoce e eficaz de qualquer anormalidade.
Os principais tipos de exames de mama
Existem vários tipos de exames de mama, cada um com sua finalidade específica, incluindo rastreamento, diagnóstico e avaliação de anomalias. A escolha de qual fazer ficará a critério do médico, após avaliação. Algumas das possibilidades incluem:
Mamografia
A mamografia utiliza raios X para criar imagens detalhadas das mamas. Pode envolver mamografias de rastreamento regulares para mulheres assintomáticas e mamografias diagnósticas para avaliar alterações suspeitas.
Ultrassonografia mamária
Usada para avaliação adicional de áreas suspeitas identificadas na mamografia ou detecção de anormalidades em mulheres com mamas densas. Utiliza ondas sonoras para criar imagens das mamas, oferecendo uma visão mais detalhada de áreas específicas, especialmente quando há densidade mamária.
Ressonância Magnética (RM) mamária
Indicada para avaliação detalhada de casos complexos, detecção em mulheres de alto risco ou complemento em situações específicas. A RM mamária utiliza um campo magnético para criar imagens detalhadas das mamas, sendo mais sensível em detectar certos tipos de lesões.
Biópsia de mama
Empregada para confirmação diagnóstica de alterações suspeitas identificadas em exames de imagem. Envolve a remoção de uma pequena amostra de tecido mamário para análise laboratorial.
Tomossíntese mamária (mamografia 3D)
Usada para melhorar a precisão diagnóstica, especialmente em casos de mamas densas, a tomossíntese mamária é semelhante à mamografia convencional, mas com a capacidade de capturar imagens em camadas finas, proporcionando uma visualização mais clara e reduzindo a sobreposição de tecidos.
Termografia mamária
Serve para a avaliação de padrões térmicos nas mamas, podendo ser usada como complemento em alguns casos. Mede a radiação infravermelha emitida pelo corpo, mostrando padrões de calor que podem indicar alterações. Não é tão comum quanto outros exames.
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A escolha do tipo de exame depende de vários fatores, como a idade da paciente, histórico médico, resultados anteriores de exames e outros fatores de risco. O acompanhamento regular com um profissional de saúde é essencial para determinar o plano de triagem e diagnóstico mais apropriado para cada indivíduo.
O conselho mais importante aqui é: mesmo que não tenha sintomas, a partir dos 40 anos, procure um profissional de saúde e faça o exame. A mamografia é uma das medidas preventivas mais importantes para a saúde feminina e não deve ser deixada em segundo plano.