Muito comum durante o ano todo, especialmente durante a primavera e o outono, a rinite alérgica é uma condição médica que possui caráter genético, isto é, ela passa de pais para filhos. Tal condição consiste em uma inflamação da mucosa do nariz quando esta entra em contato com algumas substâncias externas ao organismo, podendo causar espirros, coriza e coceira no nariz frequentemente.
Trata-se de uma doença atópica que não possui cura, sendo necessário um tratamento focado na mudança de hábitos para evitar possíveis crises, além do uso de medicamentos anti-histamínicos em pacientes que possuem a crise mais frequentemente.
Conheça neste artigo as principais causas da rinite alérgica, seus sintomas, tratamento, além de dicas de como evitar as crises desta condição. Continue a leitura!
Rinite alérgica: classificação e epidemiologia
A rinite alérgica pode ser classificada em relação à sua periodicidade. Portanto, pode ser:
- Rinite sazonal: É aquela causada devido a alergia pólen, tanto de árvores e flores na primavera, quanto de gramíneas no verão e ervas no outono.
- Rinite perenal: Como o próprio nome já diz, refere-se à rinite que acontece durante todo o ano, sendo a alergia ao ácaro e à poeira as principais causas. Geralmente começa na infância, tendo sua evolução menos favorável do que a rinite alérgica sazonal.
No que toca à epidemiologia, esta condição pode acometer toda a população e de forma igual, independentemente do sexo e idade.
Nos estudos que contavam com uma investigação profunda sobre a rinite alérgica, foi constatado que, nos últimos anos, tem existido um agravamento nos quadros de rinite alérgica — foram verificadas uma duplicação de testes positivos no estudo da hipersensibilidade cutânea a substâncias alérgenas ambientais.
Ainda nesses estudos, algumas informações puderam ser confirmadas pelos pesquisadores, tais como:
- A incidência da doença se mostra maior em áreas urbanas quando comparadas com as rurais;
- Cerca de 15% da população sofre de rinite alérgica;
- A incidência da doença, aos 8 anos de idade, é de 7%, subindo para 16% aos 18 anos de idade;
- Existe uma diminuição da incidência da rinite alérgica em pessoas com idades mais avançadas.
Quais os principais sintomas da rinite alérgica?
Os principais sintomas desta doença atópica envolvem:
- Coceira, especialmente no nariz, olhos e boca;
- Vermelhidão nos olhos e nariz;
- Inchaço na região dos olhos;
- Fadiga;
- Dor de cabeça;
- Tosse seca;
- Nariz entupido;
- Espirros frequentes;
- Coriza.
Antes de estes sintomas se intensificarem, o ideal é agendar uma consulta com um clínico geral ou um alergologista a fim de entender a situação e iniciar o tratamento adequado. Desse modo, será possível evitar algumas complicações como otite, problemas de sono e o desenvolvimento de sinusite crônica.
6 causas da rinite alérgica
As crises de rinite alérgica se iniciam com a exposição do organismo a alguns estímulos — os chamados alérgenos — aos quais o sistema imunológico reage, causando a inflamação da mucosa nasal.
Assim, as causas da rinite alérgica podem variar conforme o estilo de vida, o local, a estação do ano e alguns produtos utilizados pelo indivíduo. As principais causas que desencadeiam as crises são:
1. Ácaros
É tido como o principal causador das crises dessa condição médica devido a sua presença durante todo o ano. Contudo, é no inverno — em que os ambientes estão mais úmidos e passam mais tempos fechados — que a multiplicação dos ácaros, logo do número de crises de rinite alérgica, acontece.
2. Poeira
Comumente a poeira não causa maiores problemas à saúde. Contudo, quando em excesso no ambiente, pode acometer aqueles que sofrem de rinite alérgica. Ela pode provocar, além da inflamação na mucosa nasal, coceira nos olhos e na pele.
3. Pólen das plantas
Outra causa comum que serve de gatilho para as crises de rinite alérgica são os pólens das plantas. As pessoas mais sensíveis a este alérgeno sofrem mais durante o início da manhã e em dias com muito vento.
4. Fungos e bolores
Outro fator alérgeno da rinite alérgica são os fungos e bolores, que se desenvolvem nos cantos das paredes e teto em ambientes mais úmidos, especialmente no outono.
5. Pelos e penas de animais domésticos
Os animais domésticos que possuem muitos pelos ou penas podem, mesmo que sem querer, dar início às crises de rinite alérgica. Isso porque, devido aos pelos serem muito finos que carregam consigo poeira, podem causar irritação na mucosa nasal.
6. Produtos químicos
Alguns produtos químicos também podem provocar crises de rinite alérgica. Estes podem ser perfumes, desinfetantes, cloro, entre outros. Trata-se de substâncias com alto teor alérgeno, independentemente se a pessoa possui rinite alérgica ou não — sendo um pouco mais agressiva, é claro, em pessoas que sofrem desta condição médica.
Como evitar as crises da rinite alérgica
Para que as crises de rinite alérgica possam ser controladas, é fundamental manter uma boa gestão da doença, sempre focando na redução dos seus sintomas e na manutenção da qualidade de vida do paciente.
Existem alguns meios para evitar as crises da rinite alérgica, que consistem em controlar os sintomas por meio de medicamentos, evitar permanecer em ambientes propícios ao desencadeamento da crise e adotar alguns hábitos de vida saudável. Entre eles destacam-se:
- Usar travesseiros de espuma, fibra ou látex, de preferência envoltos em um material plástico (como o vinil) ou capa impermeável antiácaro;
- Trocar regularmente das roupas de cama e cobertores, com lavagem frequente com detergente e em altas temperaturas (maior que 55 ºC), secando-as ao sol ou em ar quente;
- Evitar o uso de tapetes, carpetes, cortinas, almofadas e outros objetos que acumulam poeira, dando sempre preferência a pisos laváveis, como cerâmica e madeira, além de cortinas do tipo persianas;
- Evitar bichos de pelúcia, estantes de livros e caixas de papelão e outros recipientes onde possam ser formadas colônias de ácaros;
- Usar pano úmido diariamente ou aspiradores de pó com filtros especiais duas vezes na semana;
- Evitar banhos extremamente quentes;
- Lavar o nariz com soro fisiológico 0,9% cerca de três vezes por dia;
- Evitar perfumes e produtos de limpeza com cheiro muito forte;
- Não usar o descongestionante nasal em excesso — respeitar a orientação médica;
- Manter o ambiente arejado para impedir a proliferação de ácaros e fungos;
- Não segurar o espirro quando tiver vontade de espirrar;
- Usar máscaras durante a limpeza da casa;
- Manter o pelo de animais de estimação sempre aparado e limpo;
- Limpar a gaiola de animais com pena duas vezes por semana.
Como é o tratamento da rinite alérgica?
Geralmente o tratamento desta doença atópica se faz por meio do uso de alguns medicamentos ou remédios, como:
- Anti-histamínicos ou antialérgicos;
- Descongestionantes orais;
- Descongestionantes tópicos nasais;
- Corticoides sistêmicos (em casos mais graves da doença);
- Corticoides de aplicação tópica nasal.
Além disso, existe a imunoterapia (vacinas antialérgicas), que se refere a um método terapêutico no tratamento de doenças alérgicas que acometem as vias respiratórias. Este é o único tratamento capaz de modificar o histórico da doença no organismo, fazendo com que seja possível controlar a rinite alérgica a longo prazo.
Um dos medicamentos indicados para o controle da rinite alérgica é o ALERGINYL®, que pode ser utilizado em forma de comprimido ou como solução oral.
Trata-se de um medicamento com prescrição médica que atua como auxiliar no tratamento dos sintomas de processos alérgicos que envolvem coriza, espirros, obstrução nasal, afecções ocular, como inflamação e inchaço nas pálpebras, além de irritação cutânea, eczema, urticária e coceira.
Outro medicamento também sugerido para esta condição médica é o HIDRACAL®, que também pode ser utilizado em forma de comprimido ou como solução oral.
O HIDRACAL®, além de auxiliar no tratamento da rinite, contribui para a melhora dos sintomas da faringite, sinusite, coriza, secreção nasal, espirros, obstrução nasal e cefaleia frontal.
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Fonte(s): Tua Saúde, Drogarias Ultrapopular, Saúde Bem Estar, Unimed Fortaleza, Cuf Portugal, Bula do Alerginyl e Bula do Hidracal.