Você com certeza já deve ter ouvido falar da TPM, certo? Esta condição médica refere-se a um conjunto de sintomas, sejam eles físicos ou mentais, que atingem mais da metade da população feminina adulta (cerca de 70% das mulheres entre 20 e 35 anos). Mas, dependendo do grau de incidência, algumas mulheres podem ter sua rotina modificada, pois a TPM pode influenciar pequenas ações do dia a dia, como o ato de se levantar da cama ou ir trabalhar.
Por isso, trouxemos neste texto um guia completo sobre TPM, que explica o que é a tensão pré-menstrual, quando acontece, como o corpo reage, possíveis sintomas, além de dicas para lidar com esta condição. Confira agora mesmo!
O que é TPM?
A tensão pré-menstrual refere-se ao período que antecede a menstruação e é marcado, principalmente, pela alteração hormonal do corpo humano feminino, que causa modificações temporárias, mas significativas, no sistema nervoso central. Este momento varia entre 5 e 10 dias antes do início do ciclo menstrual e pode, em algumas situações, permanecer até o fim dele.
Quais os sintomas da TPM?
A tensão pré-menstrual afeta, de certo modo, tanto o lado pessoal quanto o profissional, pois afeta as emoções, a socialização e, muitas vezes, a parte sexual. Veja na lista abaixo alguns dos sintomas associados à tensão pré-menstrual:
Sintomas físicos:
- Sensibilidade nos seios;
- Desejo por alimentos específicos;
- Dores no corpo;
- Aumento de peso;
- Acnes;
- Inchaço nas mamas;
- Idas frequentes ao banheiro (principalmente micção);
- Modificações nos hábitos alimentares;
- Gases;
- Cansaço físico;
- Sonolência;
- Retenção de líquidos.
Sintomas emocionais:
- Irritabilidade ou agressividade sem motivos aparentes;
- Labilidade emocional (mudança repentinas de humor);
- Cansaço mental;
- Ansiedade;
- Dificuldades de concentração;
- Insônia;
- Baixa autoestima;
- Diminuição do desejo sexual.
É importante destacar que não é necessário que todos estes sintomas apareçam em períodos de TPM. Portanto, é necessário atentar-se àqueles que aparecem mais vezes de acordo com a sua realidade.
O que é o ciclo menstrual e quais são as suas fases?
O ciclo menstrual é um ciclo período que se repete aproximadamente a cada 28 dias, embora possa variar de mulher para mulher. Ele começa no primeiro dia da menstruação e termina no dia anterior à próxima menstruação. Durante esse período, o organismo passa por diferentes fases e processos que preparam o útero para uma possível gravidez.
Fase 1: fase folicular
A primeira parte do ciclo menstrual é chamada de fase folicular. Nesse momento, o revestimento do útero (endométrio) é eliminado através da menstruação. Isso ocorre quando não há a fecundação do óvulo e consequentemente não ocorre a gravidez. A menstruação é caracterizada pela liberação de sangue e tecido uterino através da vagina e geralmente dura de três a sete dias.
Fase 2: fase ovulatória
Após a menstruação, inicia-se a fase ovulatória. Nessa etapa, os níveis hormonais, como o estrogênio, começam a aumentar gradualmente. Isso estimula os ovários a desenvolver um folículo contendo um óvulo. Esse folículo cresce ao longo da fase folicular, enquanto o endométrio começa a se espessar novamente.
O pico da fase ovulatória é marcado pela ovulação, que ocorre aproximadamente no meio do ciclo menstrual. Durante a ovulação, o folículo se rompe e libera o óvulo maduro. Ele é então capturado pelas trompas de Falópio e fica disponível para ser fertilizado por um espermatozoide.
Fase 3: fase lútea
O próximo período é conhecido como fase lútea. Após a ovulação, o folículo que liberou o óvulo se transforma em uma estrutura chamada corpo lúteo. Essa estrutura libera o hormônio progesterona, que ajuda a preparar o útero para uma possível gravidez. O endométrio continua a se espessar, ficando pronto para receber um óvulo fertilizado.
Se a fertilização não ocorrer, o corpo lúteo se degrada e os níveis hormonais caem. Essa queda hormonal desencadeia a menstruação e marca o início de um novo ciclo menstrual.
Múltiplos fatores influenciam o ciclo menstrual
É importante ressaltar que o ciclo menstrual pode ser influenciado por diversos fatores, como estresse, exercícios físicos intensos, mudanças de peso e alterações hormonais. Também é comum que haja variações na duração do ciclo e no fluxo menstrual de uma mulher para outra.
O acompanhamento do ciclo menstrual é fundamental para que as mulheres conheçam seu próprio corpo e possam identificar qualquer alteração ou irregularidade. Além disso, a compreensão das fases do ciclo menstrual pode ser útil para aquelas que estão planejando engravidar, uma vez que a ovulação é o momento mais fértil do ciclo.
Como contar o ciclo menstrual
Para determinar a duração do ciclo menstrual, é importante considerar o intervalo de tempo entre o primeiro dia da menstruação e o dia anterior à próxima menstruação.
Para ilustrar, se uma mulher menstruar no dia 5, deve-se considerar o dia 5 como o primeiro dia da menstruação. Se a próxima menstruação ocorrer no dia 30, o fim do ciclo será no dia 29. Nesse caso, o ciclo menstrual terá uma duração de 25 dias, incluindo tanto o dia 5 quanto o dia 29.
Esse tipo de cálculo é mais eficiente para mulheres com ciclos menstruais regulares. No entanto, para aquelas que possuem ciclos irregulares, é necessário fazer uma média do número de dias de cada ciclo em um determinado período. Por exemplo, ao longo de 3 ou 6 meses, é recomendado anotar a duração de cada ciclo e, ao final, somar o total de dias e dividir pelo número de ciclos registrados.
O que acontece com o corpo durante a TPM?
Geralmente cada ciclo menstrual ocorre em um intervalo de 28 dias. Em cada período, o corpo passa por algumas mudanças que não passam despercebidas. Nos primeiros 14 dias, por exemplo, que é o momento da ovulação, verifica-se um aumento da produção do hormônio estrogênio, que é um dos responsáveis pelo controle do bem-estar feminino.
Na sequência, os últimos 14 dias são compostos por um engessamento das paredes do útero que, em linhas gerais, pode ser entendido como uma “preparação” do corpo da mulher para acolher um possível bebê. É ainda nesta parte do ciclo que acontece o aumento da produção do hormônio progesterona e uma diminuição de estrogênio no corpo.
Esta transformação gerada no período pré-menstruação provoca os sintomas citados anteriormente, sendo os mais comuns o cansaço, alterações de humor, ansiedade, inchaços e dores pelo corpo, principalmente nos seios.
É somente após esta última metade do ciclo menstrual — caracterizada pelo engrossamento das paredes do útero — que acontece a menstruação: o endométrio, tecido que reveste internamente o útero e aumenta sua espessura durante a TPM, é eliminado do corpo feminino.
Após esta etapa final é que, em teoria, se encerra a tensão pré-menstrual.
O que pode aumentar o risco de ter TPM?
Alguns fatores podem aumentar as possibilidades de se desenvolver a tensão pré-menstrual, tais como:
- Histórico familiar;
- Idade, que ao passar do tempo os sintomas podem se tornar mais comuns com a idade;
- Condições médicas mentais, como ansiedade e depressão;
- Estresse;
- Sedentarismo;
- Excesso de cafeína no organismo;
- Alimentação pobre ou rica em gorduras;
- Consumo excessivo de cafeínas;
- Ausência de uma dieta rica em cálcio, magnésio e vitamina B6;
- Ingestão exagerada de bebidas alcoólicas.
Casos mais graves de TPM
Quando os sintomas que surgem com a TPM se agravam, pode ser que a paciente esteja passando por uma versão mais severa desta condição médica, o TDPM, ou transtorno disfórico pré-menstrual. Em casos de TDPM, os sintomas são mais intensos e as oscilações de humor são mais expressivas.
Contudo, as porcentagens de incidência deste transtorno variam entre 3 e 11% em mulheres em idade reprodutiva.
Os motivos para estes casos mais intensos de TPM ainda estão incertos. Alguns profissionais de saúde explicam que algumas mulheres desenvolvem o transtorno por serem mais sensíveis às alterações dos neurotransmissores cerebrais que acontecem devido à desnivelação hormonal durante o ciclo menstrual.
Lidando com a TPM
Como já relatado neste texto, é muito comum que a TPM possa interferir consideravelmente no cotidiano das mulheres. No entanto, saiba que é possível amenizar seus sintomas. Confira a seguir algumas dicas para lidar com a TPM:
Faça exercícios físicos – caminhada, andar de bicicleta, corrida, natação, entre outras atividades aeróbicas ajudam a reduzir o estresse e induz o relaxamento, uma vez que promove o aumento dos níveis de endorfina no corpo. É interessante fazer destes momentos uma rotina.
Cuide da alimentação – saiba que sintomas como cansaço, cólicas e retenção de líquidos podem ser aliviados por meio de uma alimentação balanceada, nutritiva e sem exagero. Além disso, é possível até comer aquele doce ou chocolate necessário nestes momentos (cuide com excessos). A indicação é procurar um(a) nutricionista e solicitar uma dieta específica para o seu caso.
Procure ter boas noites de sono – sempre é indicado evitar estimulantes como café, energéticos e açúcares à noite, pois estas substâncias podem piorar a qualidade do seu sono. Além disso, evite bebidas alcoólicas neste período.
Invista em suplementos naturais – existem alguns nutrientes que podem ser indicados por um profissional de saúde para atuar no controle da TPM, como o cálcio, que pode reduzir sintomas de depressão e cólica, o magnésio, que é recomendado para combater enxaquecas, a vitamina B6, que atua contra a ansiedade, entre outros.
Lembre-se: cuidado com a automedicação. É extremamente importante a opinião do seu médico(a) nesses momentos.
Se fumante, deixe o cigarro de lado – o cigarro não contribui para a atenuação da TPM, pelo contrário: a aparente e repentina melhora no quadro esconde a acentuação que as substância presentes no cigarro provocam nos sintomas. Além disso, pode desencadear outras condições médicas. O ideal é ir reduzindo seu uso aos poucos.
Outras formas de tratar a TPM
Este guia sobre TPM procurou explicitar algumas das informações necessárias para a sua compreensão sobre o que é realmente a tensão pré-menstrual, seus principais sintomas, o que este período faz com o corpo feminino e indicações de como tratar os sinais da tensão.
A TPM não tem cura, no entanto, a mudança de hábitos cotidianos como vistos acima, assim como alguns remédios, podem ser boas opções para amenizar os sintomas desta condição médica. Uma indicação de medicamento neste contexto é o TPM Reduxina®.
O TPM Reduxina® é um medicamento homeopático indicado como auxiliar no tratamento dos sintomas relacionados à tensão pré-menstrual, como ansiedade, dores de cabeça, inchaço, irritabilidade e fadiga muscular.
Atenção: é extremamente importante consultar seu médico(a) para a realização de exames prévios, bem como buscar informações sobre a dosagem correta do medicamento, duração do tratamento e outras orientações de uso.
Fonte(s):
Blog Inclua, Bula do TPM Reduxina, Gineco, Guia de Casamento e Sexo Sem Dúvida.