O luto é uma experiência universal, mas profundamente única para cada pessoa. Muito se fala sobre as cinco fases do luto popularizadas pela psiquiatra suíça Elisabeth Kübler-Ross — negação, raiva, barganha, depressão e aceitação.
A teoria, apresentada originalmente na década de 1960, revolucionou a forma como compreendemos as respostas emocionais diante de perdas significativas. No entanto, como toda ideia pioneira, ela não é unanimidade.
Muitos estudiosos do luto apontam que o modelo de Kübler-Ross é uma base valiosa, mas que a vivência do luto pode ser muito mais complexa do que um roteiro de etapas fixas. Por exemplo, o psiquiatra Italo Marsili destaca que as respostas emocionais ao luto não seguem uma ordem linear e que algumas pessoas podem até mesmo não vivenciar todas as fases descritas. Para ele, o luto é um fenômeno individual, moldado por fatores como contexto cultural, personalidade e circunstâncias da perda.
Em um mundo que frequentemente busca fórmulas prontas para lidar com a dor, é importante lembrar que o luto não é um “processo que precisa ser consertado”, mas sim uma adaptação emocional e afetiva à ausência de algo ou alguém significativo. E é exatamente essa singularidade que torna o tema tão desafiador e fascinante ao mesmo tempo.
Quais são as fases do luto para Kübler-Ross?
As cinco fases do luto descritas por Elisabeth Kübler-Ross são conhecidas mundialmente por detalhar os principais estágios emocionais que uma pessoa pode vivenciar ao enfrentar uma perda significativa.
Embora a teoria tenha nascido de observações feitas com pacientes terminais, ela foi posteriormente aplicada também a outras formas de luto, como rupturas em relacionamentos ou perdas materiais. Vamos explorar cada uma das fases:
1. Negação
A negação costuma ser o ponto de partida no processo de luto. Nesse estágio, a pessoa pode ter dificuldade em aceitar a realidade da perda. Frases como “Isso não pode estar acontecendo” são comuns.
Afinal, o mecanismo funciona como uma espécie de defesa emocional inicial, amortecendo o impacto da dor até que ela possa ser enfrentada de maneira mais consciente.
2. Raiva
Depois que a realidade começa a ser assimilada, é comum surgir um sentimento de raiva. O estágio pode incluir questionamentos como “Por que isso aconteceu comigo?” ou “Por que não fiz mais para evitar isso?”. A raiva pode ser direcionada a terceiros, à própria pessoa ou até a circunstâncias externas, como o destino ou a religião.
3. Barganha
A barganha geralmente é marcada por tentativas de negociar ou encontrar maneiras de reverter a perda. É uma fase em que surgem pensamentos do tipo “E se eu tivesse feito diferente?” ou “Se eu me comportar de determinada maneira, talvez as coisas melhorem”. Nesse momento, a pessoa busca algum controle sobre uma situação que parece incontrolável.
4. Depressão
Quando a realidade da perda se instala completamente, é natural que sentimentos profundos de tristeza tomem conta. Nesse estágio, a pessoa pode experimentar isolamento, falta de energia e uma sensação de vazio. É uma fase introspectiva, em que se lida diretamente com a dimensão emocional da perda.
5. Aceitação
A fase da aceitação não significa que a dor desapareceu, mas sim que a pessoa começou a se reconciliar com a nova realidade. A aceitação permite enxergar possibilidades de seguir em frente, mesmo que a perda continue sendo uma parte da história de vida.
Por que as fases do luto não são lineares?
Embora as fases do luto de Kübler-Ross sejam amplamente conhecidas e tenham um valor inegável, é importante entender que elas não representam um caminho rígido ou linear.
Cada pessoa vivencia o luto de maneira única, e os sentimentos podem surgir em diferentes intensidades, ordens ou até mesmo se misturar.
O próprio modelo não foi concebido para ser uma “fórmula universal”, mas sim um ponto de partida para entender as reações emocionais comuns.
A singularidade de cada indivíduo
Fatores como a personalidade, o histórico de vida, o tipo de perda e até o contexto cultural influenciam diretamente como o luto é vivenciado. Por exemplo, enquanto algumas pessoas podem experimentar a negação logo após a perda, outras podem nem passar por esse estágio. Da mesma forma, a aceitação pode aparecer em momentos intercalados com tristeza ou raiva.
O luto como um movimento fluido
Muitas vezes, o luto é comparado a uma montanha-russa emocional: dias bons e ruins se alternam, e emoções como tristeza, raiva e aceitação podem coexistir. Alguém pode sentir que está “avançando” ao encontrar momentos de paz e, no dia seguinte, reviver a dor intensamente, desencadeada por uma memória ou evento.
Críticas ao modelo linear
Como Italo Marsili descreve, uma das limitações do modelo de Kübler-Ross é a ideia de etapas rígidas, que podem dar a falsa impressão de que existe um “caminho correto” para lidar com o luto. Isso pode gerar pressão emocional em quem não sente que está progredindo como “deveria”. Na prática, as reações ao luto são mais amplas, complexas e imprevisíveis do que o modelo clássico sugere.
Um fenômeno profundamente humano
O luto é, acima de tudo, um processo de adaptação à ausência de algo ou alguém importante. Ele não segue um cronograma fixo nem responde a expectativas externas. A dor, as memórias e a busca por sentido são componentes de uma jornada que é tão variada quanto os seres humanos.
O que fazer para lidar com o luto?
Lidar com o luto é um processo profundamente pessoal e não existe uma abordagem universal. Cada pessoa encontra sua própria forma de adaptação, mas algumas práticas e reflexões podem ajudar a enfrentar a dor e tornar esse processo menos solitário e confuso.
Aceitar a singularidade do luto
O luto por si só não é uma doença, mas uma resposta natural à perda. É preciso reconhecer que cada pessoa reage de maneira única, sem tentar forçar a si mesmo ou os outros a se encaixar em uma sequência específica de emoções. Não se trata de superar o luto, mas de aprender a conviver com ele.
Permitir-se sentir
Evitar ou reprimir as emoções ligadas ao luto pode prolongar o sofrimento ou dificultar a adaptação. O luto é, antes de mais nada, um processo afetivo — o impacto da ausência de alguém ou algo significativo na sua vida. Chorar, sentir saudade e até mesmo se sentir perdido são partes naturais desse processo. Esses sentimentos não são sinal de fraqueza, mas de humanidade.
Buscar suporte emocional
A rede de apoio faz uma grande diferença. Conversar com amigos, familiares ou mesmo profissionais pode ajudar a organizar as emoções e trazer clareza à experiência. O diálogo intencional, aquele onde há espaço para escuta e troca significativa, é uma forma de dar sentido à dor e reconstruir vínculos afetivos, mesmo em meio à ausência.
Respeitar o próprio tempo
O luto não é algo que pode ser acelerado ou moldado por prazos. Tentativas de “apressar” a aceitação ou evitar a tristeza podem resultar em um luto mal resolvido. Respeitar o próprio ritmo e ser gentil consigo mesmo é uma forma de cuidado essencial durante esse período.
Saber reconhecer quando buscar ajuda profissional
Embora o luto seja uma experiência esperada, ele pode, em alguns casos, evoluir para um quadro de luto prolongado ou mesmo transtornos como depressão. Se sentimentos de vazio, culpa ou incapacidade de seguir adiante persistirem de forma incapacitante por muito tempo, pode ser o momento de buscar apoio profissional.
Espiritualidade como apoio
Embora não seja aplicável a todos, para muitos, a fé e a espiritualidade podem oferecer um senso de continuidade e propósito, mesmo diante da dor. Crenças religiosas ou espirituais podem ajudar a dar significado ao sofrimento e abrir espaço para a aceitação.
Lidar com o luto é, acima de tudo, um ato de autocompaixão e adaptação. Não há uma maneira certa ou errada de atravessar essa jornada, mas sim formas mais saudáveis e respeitosas consigo mesmo.
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Tais sintomas são comuns durante o processo de adaptação à perda, mas podem dificultar ainda mais o dia a dia de quem está passando por esse momento.
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Um aliado no processo, mas não uma solução isolada
Embora o Nervocalm® seja um excelente recurso para aliviar os sintomas que acompanham o luto, é importante destacar que ele não substitui o suporte emocional e as práticas de autocuidado mencionadas anteriormente. Ele atua como um complemento, ajudando a suavizar os efeitos mais desgastantes do luto enquanto a pessoa lida com as emoções e desafios desse período.
O luto é um processo que envolve tanto a mente quanto o corpo, e cuidar de ambos é vital para atravessar essa jornada. Se você ou alguém próximo está enfrentando esse momento, vale considerar esse recurso como parte de um cuidado mais amplo e integrado.